segunda-feira, 10 de setembro de 2012

TÍTULO: PEPE, O PEIXINHO ENGRAÇADINHO!

PROBLEMA: O que os peixes podem nos ensinar?

JUSTIFICATIVA: O referido projeto surgiu de acordo com as necessidades das crianças do Berçário II em descobrir outros tipos de animais, ampliando seus conhecimentos acerca dos mesmos. O gato, o pintinho, o cachorro, eram animais que as crianças já conheciam, sendo que a ideia do peixe surgiu de algumas músicas cantadas em sala e da contação de histórias, através do livro “O peixinho engraçadinho”, onde em seu conteúdo mostra os diferentes tipos de peixes, seja no tamanho, na cor. Um dos que mais chamou a atenção foi o peixe Abissal, que possuía dentes grandes, surgindo então a ideia de trabalharmos através dos peixes as mordidas, fase pela qual algumas crianças vem passando. Segundo o site Sobiologia (2012), os peixes ocupam as águas salgadas dos mares e oceanos e as águas doces dos rios, lagos e açudes. Nesse grupo, existem cerca de 24 mil espécies, das quais mais da metade vive em água salgada. O tamanho médio dos peixes pode variar de um centímetro a até cerca de 18 metros. Provavelmente, foram os primeiros vertebrados a surgir na Terra, e eram pequenos, sem mandíbula, tinham coluna vertebral cartilaginosa e uma carapaça revestindo seus corpos. Na evolução, houve uma série de adaptações que representaram aos peixes melhores condições de sobrevivência em seu habitat - não ter couraça pesada, ser nadadores velozes, ter mandíbulas e poder morder. Dessa forma, torna-se relevante o desenvolvimento do referido projeto, para que as crianças possam diferenciar tamanhos, características, habitat, tipo de alimentação, explorando um novo contexto, a água.
OBJETIVO GERAL: Despertar o interesse pelos animais e o interesse pelos animais aquáticos, percebendo a diferença entre os peixes (cor, forma, espécie), sua alimentação, explorando o tato (seco e molhado), a fim de que as crianças ampliem seus conhecimentos sobre o mesmo.

 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
·        Expressar suas necessidades, desejos, pensamentos e sentimentos, utilizando seus argumentos, para desenvolver sua autonomia;
·        Manipular diferentes objetos e materiais, explorando características, propriedades e possibilidades de manuseio;
·        Participar de brincadeiras musicais;
·        Estabelecer comunicação através da linguagem oral e corporal a fim de interagir com o adulto e com outra criança;
·        Explorar o ambiente, descobrindo e entrando em contato com seres vivos a fim de conhecer suas características, cuidados básicos e valorização da vida;
·        Explorar o ambiente através da brincadeira, para participação ativa ao interagir com os diferentes elementos da natureza e do grupo social em que vive;
·        Utilizar comparação, classificação e seriação em diferentes contextos para desenvolver noções simples destes conceitos.

 CONTEÚDOS:

IDENTIDADE E AUTONOMIA
·        Eu e o outro.
·        Comunicação e expressão.
·        Exploração do espaço.

CORPO E MOVIMENTO
·        Corpo humano.
·        Expressividade.
·        Coordenação motora.
·        Sensações.

LINGUAGEM
·        Comunicação.
·        Gêneros e formas de expressão.

MÚSICA
·        Canto.
·        Linguagem musical.

ARTES VISUAIS
·        Fazer artístico.
·        Exploração de diferentes matérias.

NATUREZA E SOCIEDADE
·        Família.
·        Escola.
·        Comunidade.
·        Meio Ambiente.
·        Seres Vivos.

MATEMÁTICA
·        Classificação.
·        Comparação.
·        Seriação.
·        Grandezas e medidas.

DESENVOLVIMENTO - ATIVIDADES
·        Aula passeio.
·        Interação com outras turmas.
·        Brincadeiras no parque.
·        Histórias.
·        Brincadeiras livres e dirigidas.
·        Brincadeiras com o corpo.
·        Danças.
·        Manipulação de diversos materiais.
·        Desenho e pintura.
·        Recursos tecnológicos.
·        Música.
·        Sucata.
·        Ouvir músicas.
·        Alimentação.
·        Semelhanças e diferenças.
·        Confecção de um mural com a música “Como pode um peixe vivo”.
 

CRONOGRAMA: 13 a 31/08.


AVALIAÇÃO:
         Foi realizada através de registro contínuo, observando as crianças individualmente e em grupo, anotando suas descobertas, relações e manifestações, dificuldades e suas expressões relacionadas ao seu desenvolvimento. Realizamos algumas atividades para que as crianças tivessem um pouco a noção da vida na água, o primeiro passo foi adquirir um peixe, que foi batizado pelas crianças de Pepe. Entretanto, não foi um processo muito fácil, ao questionarmos as crianças sobre o nome do peixe elas diziam: Peixinho, então depois de explicarmos e exemplificarmos que cada pessoa tem um nome, uma das crianças olhou para o peixe e disse: Pepe.
         Percebemos que as crianças demonstravam muito fascínio pelo peixe, de como se locomovia, a forma como se alimentava. O peixe nos fez companhia durante a realização de todo o projeto. Realizamos uma atividade de pintura com guache, onde as crianças carimbaram seus dedinhos em peixinhos de EVA, após foi feito um mural com a música “Como pode um peixe vivo”.
         Também confeccionamos peixes com caixas de ovos e um aquário com garrafas pet, cantamos várias músicas relacionadas ao tema. Percebemos durante as atividades que as músicas chamam muito a atenção das crianças, pois sempre que as ouvem dançam ou cantam, cada qual acompanhando a sua maneira.
         Para realização da contação de histórias utilizamos o livro infantil “O peixinho engraçadinho”, este livro foi escolhido por estarmos desenvolvendo um projeto sobre o peixe. As crianças do Berçário II vêm demonstrando gostar do assunto, das atividades propostas. A contação de histórias tem hoje, grande importância nas escolas, pois através das histórias, das lendas, dos contos de fada, entre outros, a criança tem a oportunidade de significar seu mundo.
 Por meio das histórias interagimos com o mundo e os sujeitos nele pertencentes. Primeiro, atuando como ouvintes e, por conseguinte, como oradores. Ouvir e ler são processos passados por um leitor. A função de cada etapa e constituição do leitor é fundamental para seu desenvolvimento. Essa função é exercida e concebida como sujeito ativo de seu próprio processo de formação (COSTA, 2010, p.143).
          Iniciamos a contação de histórias com a leitura do livro, por ter muitas figuras as crianças demonstraram gostar, elas viram a diferença entre os peixes, suas características, o tamanho. Algumas crianças já conseguem falar, então muitas repetiam o que dizíamos, enquanto outras apontavam no livro os peixes, demonstraram gostar de forma especial da baleia, e diziam “gande”, quando mostrávamos sua figura.
         Entretanto, outro peixe chamou muita a atenção das crianças que foi o peixe Bissau, ele possuía dentes grandes e algumas das crianças disseram: “Ui, medo”. Aproveitamos a oportunidade e conversamos com as crianças sobre os dentes, especificamente sobre as mordidas. Sabemos que se trata da fase oral nessa faixa etária, onde as crianças descobrem o mundo pela boca, mas estamos aproveitando todos os momentos para reforçar que a mordida não é algo bom, que machuca os colegas, que os dentes servem para comer.
         Segundo Oliveira (2012), desde o aparecimento dos primeiros dentes até os 2 anos, aproximadamente, as crianças costumam morder brinquedos, pessoas de seu convívio e objetos de seu dia-a-dia. Fazem isso em busca de novas sensações e movimentos, tomando assim, aos poucos, consciência de seu próprio corpo – de seu “eu corporal” e de seus limites. Tal característica também é conhecida como “fase oral”. Fase pela qual a criança começa a interagir com o mundo, através da sua boca. E é justamente através da boca que a criança faz importantes descobertas e começa a separar o que a constitui daquilo que constitui o outro. Provoca reações ao mesmo tempo em que revela diferentes e inéditas sensações. Outra razão para que as crianças mordam é a falta de domínio verbal. Por não saberem se expressar, muitas vezes mordem por conta da necessidade de se comunicarem. Assim conseguem, através das mordidas, expressar seu descontentamento, suas frustrações, seus desejos e necessidades. Mordem, então, por serem incapazes de se comunicarem com clareza.
         Portanto, essa história auxiliou porque elas viram os dentes do peixe, sentiram certo receio de chegar perto da figura, depois da conversa, algumas crianças diziam: “dente, faz dodói”, demonstrando terem entendido.
         Após a contação de história confeccionamos um peixe com balão, todas as crianças queriam pegar e brincar, foi uma festa só. Entregamos os peixes e cada um levou o seu para casa, para que pudesse mostrar para o papai e a mamãe. O projeto foi finalizado através de uma grande exposição com todas as demais turmas do CEI, com os mais diversos tipos de animais.

Professoras: Cintia, Dileine e Micheli

Berçário I – Matutino e Vespertino.









 

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