quarta-feira, 3 de abril de 2013

DENTINHOS QUE MORDEM

            Projeto: DENTINHOS QUE MORDEM

 Problemática: Como lidar com as mordidas dentro do espaço do CEI?

 Justificativa: Partindo de uma necessidade da sala, vamos trabalhar o comportamento impulsivo das mordidas. Observamos que na disputa de brinquedos, pessoas de seu convívio e na busca por novas sensações as crianças passam a morder, bater e empurrar.

Ai vem a nossa preocupação e pergunta; o que está acontecendo, e o que fazer?

 Vale apenas lembrar que as crianças estão na fase de amadurecimento constante, consequentemente estão aprendendo a exteriorizar suas angustias medos, frustrações, anseios e descobertas; E são as mãos e os dentes que usam como instrumento de defesa para marcar e chamar a atenção.

 Objetivo geral: Construir um convívio onde as crianças percebam que morder dói e machuca o amiguinho.

 Objetivos especificicos:
·        Aprender a conviver no espaço físico do CEI.
·        Criar bons hábitos de respeito às regras do grupo em que esta inserida.
·        Refletir sobre o que é certo e errado.

 Conteúdos

Identidade e autonomia:
·        Eu e outro.
·        Comunicação e expressão.

 Natureza e sociedade:
·        Família.
·        Escola.
·        Comunidade.

 Movimento:
·        Corpo humano.
·        Sensações.

 Artes visuais:
·        Exploração de diferentes materiais.

 Música:
·        Canto.
·        Expressão oral e corporal.

 Metodologia:
·        Dramatização (jacaré)
·        Roda de conversa (DENTADURA)
·        Bolinhas de isopor (DENTINHOS)
·        Carimbo da boca (batom)
·        Cartaz com recortes de bocas
·        Morder (maçã)
·        Morder (laranja)
·        Canto (beijo beijinho)
·        Casinha
·        Dramatização (O LOBO MAU)
·        Manuseio de livros
·        Folhear revistas
·        Passeio-cercado
·        Pintura com guache
·        Areia
·        Aconchego, carinho.
·        Interação com os colegas, professores e funcionários.
·        Brincadeiras livres e dirigidas.
·        Músicas e dança.
·        Histórias e teatro.
·        Organização do espaço.
·        Manipulação de diversos materiais.
·        Rotina da sala.
·         Brincadeiras sem regras.
·        Brincadeiras regras simples.
·        Utilização das formas básicas de movimentos (andar, correr, saltar, rolar, etc).
·        Estimulação e motivação.
·        Atividades lúdicas.
·        Parquinho, pois nessa idade a criança tem bastante energia.
·        Jogos de bola em rodas, promovendo a integração social, onde a criança deverá jogá-la para o amigo, dizendo o nome (ou dito pelo professor).
·        Trabalhos manuais com massinhas e argila, deixando que estes manuseiem bastante.
·        Ampliar seu vocabulário, conversando diariamente, com a criança sobre os aspectos do dia-a-dia.
·        Trabalhos com músicas gestuais, cantigas de roda e dança, estimulando partes do corpo.
·        Contos de histórias curtas.·.
·        Coordenação motora livre, como rasgar papel, brincar de massinha, etc.
·        Brincadeiras de imitar os adultos, como escovar os dentes de bonecas, fazer comidinha, ir às compras, banho de bonecas, etc.

 Cronograma; março de 2013.

Avaliação:
As ocorrências de mordidas entre crianças ainda estão acontecendo, porém em menos quantidade. Os pais da criança mordida chegam sensibilizados com a marquinha que encontram em seu filho. Os da criança que mordeu ficam preocupados com o seu comportamento. Para amenizar essa tensão nosso trabalho é conversar isoladamente com cada família envolvida, tentando tranquilizar os pais e dialogando que mordidas são reações naturais da criança de até dois anos e meio, por meio das quais elas procuram extravasar desejos, anseios, se expressar e aliviar o stress e a irritação, até porque eles ainda não têm repertório suficiente de vocabulário para fazer isso usando a fala.
        
A fase das MORDIDAS também passa...

         Desde o aparecimento dos primeiros dentes, até os dois anos, aproximadamente, as crianças costumam morder brinquedos, pessoas de seu convívio e objetos de seu dia-a-dia. Fazem isso em busca de novas sensações e movimentos, tomando assim, aos poucos, consciência de seu próprio corpo – de seu “eu corporal” e de seus limites.

        Tal característica também é conhecida como “fase oral”. Fase pela qual a criança começa a interagir com o mundo, através de sua boca. E é através da boca que a criança faz importantes descobertas e começa a separar o que a constitui daquilo que constitui o outro. Outra razão para que as crianças mordam é a falta de domínio verbal. Por não saberem se expressar, muitas vezes mordem por conta da necessidade de se comunicarem.

        Em contrapartida, sentimentos de ciúme e afeto podem suscitar mordidas, juntamente por serem emoções que ainda não podem ser nomeadas pelas crianças. A criança está em pleno desenvolvimento de sua sensibilidade, em plena fase de investigação e procura pela presença do outro e das coisas. Nesse caso o ato de morder, pode ser analisado como sinal dessa procura.

        Evidentemente, o ato de morder da criança é interpretado pelo outro e passa a ter um significado. Isso é cultural. Dependendo da cultura em que a criança se desenvolve, sua mordida passa a ter diferentes significados. É o mundo cultural que faz emergir a sensibilidade perceptiva da criança e não o contrário. Assim, dependendo do significado que é atribuída a mordida, haverá a percepção desse seu ato. Se os adultos a considerarem como agressividade, a criança se apropria desse significado e passará a morder para agredir ou até mesmo para se defender.

        Quando a criança começa a frequentar o CEI, lá descobre que não é única interessada nos brinquedos, muito menos que é o centro das atenções da professora. Surgem divergências por causa da falta de exclusividade e disputas com os colegas por qualquer bobagem podem gerar um conflito entre as crianças e acabar numa mordida.

        Precisamos ter cuidado de não rotular a criança como “mordedora”. Quanto mais enfatizamos essa característica na criança, mas ela se comporta como tal, pois é o que todos esperam dela. De qualquer forma, não podemos esquecer de que crianças usam sim, esse tipo de comportamento durante a primeira infância (0 a 3 anos), devendo esse desaparecer tão logo a criança consiga se expressar através do uso das palavras. Portanto, o caminho para o abandono das mordidas é através do aprendizado da fala.

        Quando acontecer da criança morder, devemos imediatamente dizer-lhes NÃO, em tom calmo, mas firme e com desaprovação. Se o bebê que começa a caminhar (1 a 2 anos), morder, pegue-o firmemente e ponha a criança no chão. Quando a criança pequena (2 a 3 anos), morder, diga-lhe: Não é correto morder, porque machuca as pessoas.






 

Nenhum comentário:

Postar um comentário